Eu sempre gostei do estilo romântico-obscuro do diretor Tim Burton. Mas sempre mesmo - mesmo antes de saber quem ele era. Lembro-me bem que Edward Mãos de Tesoura foi um dos primeiros filmes que me fizeram chorar. Tem gente que diz que o cinema tem de ser fiel à realidade. Eu digo que se tivermos recursos para deixar a realidade mais lúdica e transformar simples histórias em obras estéticas maravilhosas, porque não fazer?
Mas desta vez, não é o cinema do Tim Burton que me levou às lágrimas. Trata-se de um livro de “poemas” escrito e ilustrado pelo diretor. A obra leva o título de “O Triste Fim do Menino Ostra e Outras histórias”, e embora tenha sido escrita em 1997, foi publicada há pouco tempo no Brasil. Para mim, ler o livreto foi voltar um pouquinho à infância e ver no papel personagens lindamente bizarros, como os de “O estranho mundo de Jack”. A forma infantil com que o autor escreve sobre tragédias da vida usando personagens não convencionais pode causar muito estranhamento para os menos fãs do estilo de Burton. Mas a quem tem a sensibilidade meio “estranha”, como eu, é uma ótima leitura de fim de noite.
Mas desta vez, não é o cinema do Tim Burton que me levou às lágrimas. Trata-se de um livro de “poemas” escrito e ilustrado pelo diretor. A obra leva o título de “O Triste Fim do Menino Ostra e Outras histórias”, e embora tenha sido escrita em 1997, foi publicada há pouco tempo no Brasil. Para mim, ler o livreto foi voltar um pouquinho à infância e ver no papel personagens lindamente bizarros, como os de “O estranho mundo de Jack”. A forma infantil com que o autor escreve sobre tragédias da vida usando personagens não convencionais pode causar muito estranhamento para os menos fãs do estilo de Burton. Mas a quem tem a sensibilidade meio “estranha”, como eu, é uma ótima leitura de fim de noite.
Quer uma amostrinha?
Carboninho
No Natal, Carboninho ganhava
Um pedaço de carvão
Que o deixava bem contente
No Natal, em vez de ficar contente,
Com o pedaço de carvão,
Deram-lhe um pequeno presente,
Que o confundiu profundamente.
No Natal, confundido com as cinzas de outrora,
Carboninho foi varrido para a rua sem demora.
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